Reajuste médio de 2,02% afeta consumidores residenciais, comerciais, industriais e iluminação pública; devolução de créditos de R$ 864 milhões atenua impacto
A partir desta segunda-feira (24), as tarifas de energia elétrica da Copel terão um reajuste médio de 2,02%, conforme aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O aumento será sentido de forma diferenciada entre os consumidores residenciais, comerciais, industriais, do setor de serviços e pela iluminação pública.
De acordo com a Copel, parte do reajuste — cerca de 1,27% — corresponde à atualização de custos operacionais, depreciação e remuneração com base no IPCA, que acumulou alta de 5,44%. Outro fator que contribuiu foi o acréscimo de 4,30% nos custos com encargos setoriais, transporte e aquisição de energia, com destaque para o aumento de 5,79% nos encargos ligados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Essa pressão foi parcialmente compensada por uma redução de 2,46% nas despesas com transporte.
Como forma de amenizar o impacto, o Componente Financeiro da tarifa inclui a devolução de cerca de R$ 864,5 milhões aos consumidores, referentes a créditos tributários de PIS/COFINS, conforme a Lei Federal nº 14.385/2022.
Segundo a Aneel, os principais fatores que influenciaram o novo cálculo tarifário foram os custos de aquisição e distribuição de energia, encargos do setor e a exclusão de componentes financeiros usados em revisões anteriores.
O reajuste atinge tanto consumidores de alta tensão (classes A1 a A4) quanto os de baixa tensão (classes B1 a B4), abrangendo clientes residenciais, rurais, comerciais, industriais e iluminação pública em todo o Paraná.