Reajuste, que entra em vigor neste mês, reflete 4,84% de reposição da inflação e 2,5% de ganho real
O Brasil passa a contar com um novo valor para o salário mínimo a partir desta quarta-feira (1º): R$ 1.518. O aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior, de R$ 1.412, reflete a combinação da reposição da inflação de 12 meses (4,84%) e um ganho real de 2,5%. O reajuste está em conformidade com a nova norma fiscal aprovada pelo Congresso Nacional, que regula os aumentos do salário mínimo entre 2025 e 2030.
De acordo com o governo federal, a mudança segue os parâmetros do novo arcabouço fiscal, que determina que o salário mínimo seja ajustado com base na inflação do ano anterior, acrescido de um ganho real que varia entre 0,6% e 2,5%. Essa política difere da fórmula anterior, que previa uma reposição da inflação somada a 3,2% de variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o que teria gerado um reajuste mais alto.
O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que o novo valor afete diretamente cerca de 59 milhões de pessoas no país. Entre os impactados estão trabalhadores formais, empregados domésticos, microempresários, autônomos e os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para essas categorias, o reajuste representa uma alteração importante na remuneração mensal, especialmente em um cenário de crescente pressão sobre o custo de vida.
Com o novo valor de R$ 1.518, o governo busca equilibrar a política fiscal do país, mantendo o poder de compra dos trabalhadores enquanto controla os gastos públicos, um desafio contínuo em tempos de inflação e crescimento econômico instável.
Agência Brasil
