A decisão final é política e passa pela análise de impacto em outros setores da economia.
O governo federal voltou a colocar em pauta o retorno do horário de verão em 2025, em meio a preocupações com o abastecimento energético do país. A discussão foi reativada após o cancelamento do leilão de reserva de capacidade previsto para junho, o que elevou o risco de déficit no atendimento aos picos de demanda por eletricidade no segundo semestre.
A possível retomada da medida, que foi extinta em 2019, tem como objetivo principal reduzir o consumo nos horários de maior demanda, especialmente no início da noite. No ano passado, o tema já havia ganhado força após o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendar o retorno do horário de verão, apontando um potencial de redução de até 2,9% na demanda máxima por energia no país.
Apesar do apelo técnico, a decisão final será política e levará em conta os impactos em outros setores da economia, como comércio, turismo e saúde. Especialistas defendem que, diante das incertezas no sistema elétrico, medidas preventivas como o horário de verão devem ser consideradas para garantir a segurança energética.
