Operação Las Vegas: Gaeco cumpre dois mandados de busca e apreensão em Cambé relacionados a crimes de jogos ilegais e lavagem de dinheiro com atuação nacional

Polícia

Com mandados em seis estados e bloqueio de R$ 150 milhões, operação expõe esquema de exploração de jogos de azar e lavagem envolvendo empresas de fachada e veículos de luxo

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta quinta-feira, 30 de janeiro, a Operação Las Vegas, que visa desmantelar uma organização criminosa com ramificações em todo o território nacional. A ação, que contou com a colaboração dos Gaecos de Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal, resultou no cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão em seis estados, incluindo Paraná, Goiás, Santa Catarina, Distrito Federal e até mesmo em Brasília e Goiânia. Além disso, foram expedidos três mandados de prisão e 14 de medidas cautelares diversas da prisão.

A investigação, que se estende por meses, revelou a atuação de um grupo especializado na exploração de jogos de azar ilegais, como o jogo do bicho, e na lavagem de dinheiro. Entre os alvos da operação, estão empresas de fachada, locadoras de veículos e até uma lotérica, utilizadas para ocultar valores ilícitos e lavar o dinheiro obtido com atividades criminosas. O valor total a ser bloqueado nas contas bancárias dos envolvidos é estimado em quase R$ 150 milhões, além de veículos e imóveis sequestrados.

De acordo com as apurações, a organização criminosa operava de maneira empresarial, utilizando uma plataforma tecnológica desenvolvida para a gestão dos jogos ilegais, que era fornecida a outros grupos criminosos em diversas regiões do Brasil. Em um dos registros obtidos pelo Gaeco, foi identificado que, em apenas um mês, o esquema arrecadou mais de R$ 40 milhões por meio da exploração de 81 pontos de apostas em diferentes estados.

A lavagem de dinheiro era feita por meio da compra de veículos de luxo e imóveis de alto valor, além de movimentações financeiras realizadas por meio de empresas de fachada e “laranjas”.

A operação também atingiu servidores públicos, com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um agente da Polícia Rodoviária Federal, acusado de envolvimento com a organização. As investigações seguem em andamento, com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos nesse esquema criminoso de grande escala.

Ministério Público do Paraná

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