Ex-presidente e ex-ministros, incluindo Braga Netto e Mauro Cid, são acusados de crimes relacionados à tentativa de golpe em 2022; denúncia se baseia em relatório da Polícia Federal
A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ex-integrantes de seu governo, incluindo o ex-ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A denúncia foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde Bolsonaro foi acusado dos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Caso o STF aceite a denúncia, Bolsonaro se tornará réu e enfrentará um processo penal pelos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado em 2022. Além de Bolsonaro, também foram denunciados outros 37 indivíduos, sendo eles, em sua maioria, ex-ministros e aliados políticos do ex-presidente. Entre os denunciados estão figuras como o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o ex-ministro do GSI, Augusto Heleno, e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos. Todos respondem pelos mesmos crimes atribuídos a Bolsonaro.
A acusação baseia-se no relatório da Polícia Federal (PF), que, em novembro de 2023, indiciou Bolsonaro e outros 36 envolvidos. Um relatório complementar de dezembro de 2023 ampliou o número de indiciados para 40. A denúncia coloca em questão a atuação do ex-presidente e seus aliados em um suposto movimento contra o Estado Democrático de Direito, o que agora será analisado pelo STF.
