Portarias do Ministério da Saúde incorporam três remédios ao protocolo do SUS, beneficiando principalmente crianças com quadros leves a graves da doença
O tratamento da dermatite atópica no Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de ser ampliado. O Ministério da Saúde publicou, nesta terça-feira (27), três portarias no Diário Oficial da União — Portarias 17, 18 e 31 — que incorporam ao SUS três novos medicamentos para o cuidado integral da condição, que afeta especialmente crianças.
Com base em recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), passam a fazer parte do tratamento duas novas pomadas de uso tópico — o tacrolimo e o furoato de mometasona — e um medicamento oral, o metotrexato. A ampliação permite atender pacientes desde os estágios iniciais da doença até os casos mais graves.
A dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele que causa lesões e coceira intensa, impactando significativamente a qualidade de vida. Segundo o Ministério da Saúde, o tacrolimo, que até então tinha acesso restrito devido ao alto custo, será um reforço importante no tratamento de pacientes do SUS. Ele, juntamente com o furoato de mometasona, é indicado para quem não pode usar corticoides ou não responde bem aos tratamentos já oferecidos.
O metotrexato, por sua vez, será destinado a pacientes com quadros severos, especialmente àqueles que não podem utilizar a ciclosporina, já presente na rede pública.
Com essa medida, o governo federal busca oferecer um cuidado mais eficaz e acessível para quem convive com a dermatite atópica, garantindo melhores condições de tratamento por meio da rede pública de saúde.
Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal